04 novembro 2010

Maltes - infusão x mostura

Steep x Mash (Infusão x Mostura)
O processo conhecido por Steep (infusão) consiste simplesmente em adicionar grãos (as vezes quebrados) em água para extrair os sabores e cor dos grãos. (como se fosse fazer um chá)
Já o processo conhecido por Mash (mostura) em contraste é feito imergindo os grãos em água quente para ativar sua enzimas de conversão de amido, o que provê os açucares para a levedura fermentar.
A categoria de maltes para infusão inclui tanto os grãos que foram cozidos durante o processo de malteação como também os que foram secos em estufa em altas temperaturas para atingir diferentes colorações.
Os maltes Crystal são os grãos mais comumente usados para infusão porque são cozidos durante a malteação e também secos em estufa para atingir ranges de coloração entre 10 e 180 °Lovibond (indicador de graduação de coloração), o que acaba convertendo a maior parte do amido dentro do prróprio grão.
Outros grãos não são submetidos a cozimento ou secagem em altas temperaturas no processo de malteação o que mantém todo o amido dentro do grão, sendo conhecidos como “maltes base”. Estes devem ser quebrados e mergulhados em água quente para que as enzimas convertam o amido em açucar. Se não acontecer esta conversão, ou seja, se for feita somente a infusão, o amido será liberado no mosto e causará turvamento (como se tivesse nublado) além de sabor de caracteristico de amido, tipo goma ou fécula, o que pode encorajar a ação de bacterias ou leveduras selvagens.
Como fazer o Steep (Infusão)
É como fazer um chá. Faça a maceração dos grãos e mergulhe-os em água quente, normalmente entre 65°C e 77°C por uns 30 minutos (ou de acordo com sua receita). A melhor forma de fazer isso é usando um “grain bag” (saco para grãos). Quando terminar de fazer a infusão retire o “saco” da água e deixe que o excesso de água escorra para o recipiente, mas não aperte o “saco” pois isso pode extrair muito tanino das cascas. O tanino é um composto molecular existente nas cascas dos alimentos e plantas justamente para dar um sabor ruim como defesa natural destes alimentos contra ataques de predadores quando ainda na natureza. (veja detalhes técnicos sobre Taninos no fim deste artigo)

Maltes para Infusão
Crystal (10-180 °L)
Caramel (10-120 °L)
Biscuit/Victory
Dextrin
Special B
Chocolate
Black Patent
Aromatic
Melanoidin
Malte Coffee
Malte Honey
Debittered Black
Cevada Torrada
Trigo TorradoCenteio Torrado

Maltes para Mostura
Pale – 2 linhas ou 6 linhas
Pale Ale – 2 linhas ou 6 linhas
British Pale Ale – 2 linhas
Amber
Malte Centeio
Malte Trigo
Pilsner
Vienna
MunichRauchmalz

Taninos (do francês tanin) são polifenóis de origem vegetal, com pesos moleculares geralmente entre 500 e 3000. Eles inibem o ataque às plantas por herbívoros vertebrados ou invertebrados (diminuição da palatabilidade, dificuldades na digestão, produção de compostos tóxicos a partir da hidrólise dos taninos) e também por microorganismos patogênicos. O termo é largamente utilizado para designar qualquer grande composto polifenólico contendo suficientes grupos hidroxila e outros (como carboxila) para poder formar complexos fortes com proteínas e outras macromoléculas. São geralmente divididos em dois tipos: hidrolisáveis e condensados (protoantocianidinas).

18 outubro 2010

Perfil do Lupulo Cascade


Texto traduzido da revista BYO - Brew Your Own


Lúpulos Cascade são derivados de uma polinização aberta de US Fuggles (o qual é por sua vez um cruzamento entre Fuggles e o lúpulo Russo Serebrianker). Eles foram liberados para o público em 1972, e se transformaram, não surpreendentemente, especialmente ligado a produção de cerveja da Costa Oeste dos USA, e são os lúpulos mais populares na produção caseira de cerveja atualmente. Seu grande sabor e aroma fazem sua adição ser bemvinda em muitos estilos de cerveja, desde Pale Ales até BarleyWines. Usado para dar um amargor suave ou como um lúpulo de finalização. Cascade exibe notas distintas de floral e citrica como grapefruit, e tendem a ficar no intervalo de 4.5 a 7% de alfa e beta ácidos.


Um brinde.

30 setembro 2010

Quantidade de levedura versus Esteres

Texto criado a partir de trecho do livro How to Brew de John Palmer.

A quantidade de levedura utilizada na fermentação afeta diretamente as características de aroma e sabor da cerveja. A levedura é um tipo de fungo unicelular que se reproduz (multiplica) toda vez que sintetiza alimento. Ela vive com e sem oxigênio. O oxigênio permite potencializar a sintese de alimento, quando da falta de oxigênio, gerando a fermentação. Um baixa quantidade de leveduras utilizada na infusão no mosto vai gerar uma maior reprodução das leveduras devido a abundância de alimento. A levedura vai se reproduzir diversas vezes até que a massa total de leveduras atinja o máximo limite que o mosto suporte. Lembrando obviamente que a quantidade de reprodução das celulas é limitado. Existe um limite máximo que cada celula consegue se reproduzir mas é bastante alto o que nos permite reaproveitar as leveduras de uma produção em outras produções. Maior reprodução em um mosto geralmente significa maior sintese de novas membranas celulares e aumenta a produção de uma enzima intracelular chamada “Alcohol Acetyl Transferase” (AAT), a qual regula a fluidez da membrana e acredita-se que realiza o papel principal na esterificação dos ácidos graxos (ex: Acetyl CoA) pela levedura. A produção de AAT é também suportada pelo efeito do stress do ambiente na levedura, como temperatura, pH, e nível de nutrientes. Com a infusão de uma maior quantidade de levedura para a fermentação, haverá menor reprodução até que se atinja o máximo limite que o mosto permite e portanto ocorrerá uma menor sintese de membranas celulares e AAT. Na verdade a produção de ésteres pela levedura é ainda um assunto complicado, e o papel do AAT é ainda teorico, mas é consistente com as observações e medidas empiricas. Em resumo uma infusão de quanidades menores de leveduras no mosto parece produzir mais esteres e aromas do que a infusão de quantidades maiores. Se por outro lado você não quiser uma cerveja com muitos esteres faça uma infusão de maior quantidade de leveduras. Se utilizar sachê de levedura desidratada calcule quantos sachês necessita para a infusão ou faça um “starter” (ativação) previamente para uma multiplicação celuar antes da infusão no mosto.

Tabela com quantidades recomendadas para leveduras de Ale em função da densidade do mosto.
Densidade____Celulas por 20 litros
< 1.055 ................... 60-120 bilhões
1.055 – 1.065 ....... 120-180 bilhões
1.065 – 1.075 ....... 180-240 bilhões
1.075 – 1.085 ....... 240-300 bilhões
1.085 – 1.095 ....... 300-360 bilhões
> 1.095 .................. 360-420+ bilhões

Um brinde.
[]´s
Edwar (Ed)

28 julho 2010

Festival de Inverno ACervA 2010

Fantastico e inesquecivel !!
Estas são as palavras para descrever este domingo, 25 de julho de 2010.
Votorantim, sede da cervejaria Bamberg.
Festival de Cervejas Caseiras para entrega do premio do 1o concurso paulista de cerveja caseira.
Mais de 30 tipos de cervejas....lado a lado...sabores variados...qualidade suprema !!
Um banho de sabores, cores e aromas !
Eu não tinha experimentado ainda a nossa Minotauro, citada alguns posts anteriores aqui em nosso blog....mas vou dizer: ficou FENOMENAL !!
Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras....vou colocar algumas fotos clonadas de outros blogs e sites e as referencias ...







Renatão da Sauber, Edwar, Giba e o Rodrigo o mais novo membro da Confraria Santista.





UM BRINDE A CULTURA CERVEJEIRA !!!!
Segue um link com um vídeo dos melhores momentos da festa.
http://www.youtube.com/watch?v=mg6bWTcc0BU

26 maio 2010

Dry Hopping


· Dry = seco
· Hopping = lupulagem, adicionar lupulo
A grosso modo, a tradução seria algo como “adicionar lupulo a seco”. (Esquisito ! Dá pra explicar ? Dá sim...)
O lupulo provê amargor e aroma a cerveja, sendo que o amargor vem de resinas (alfa-ácidos como cohumulone e adhumulone) que só são isomerizadas (transformadas) com presença de calor (fervura) por um determinado tempo de exposição (60 minutos a 100ºC para 100% de isomerização dos alfa-ácidos) e o aroma é desprendido pela dissolução de óleos.
Os lúpulos de aroma são adicionados na fervura de lupulagem bem no seu final pois são altamente voláteis, ou seja, são eliminados com o vapor da fervura; por isso adicionamos quando desligamos a fervura ou nos últimos minutinhos; para não perdê-los. Mas na maioria das vezes perdemos boa parte e a presença de aroma na cerveja se torna pouca ou quase nula.
Para tanto , a idéia principal do dry hopping é adicionar aroma na cerveja, sem alterar (tanto) seu amargor.
Porém é muito bom frisar que “Dry Hopping" não é um substituto para a adição normal de lupulo de aroma no final da fervura de lupulagem”. São técnicas diferentes com resultados diferentes.
A seguir vamos listar algumas propriedades e características do lupulo, retirados de um site de artigos medicinais (http://www.plantamed.com.br/), para melhor entender seu uso e potencialidade:
· Nome científico: Humulus Lupulus
· Familia: Canabinaceae (mesma familia da conhecida erva canabis = Maconha)
· Propriedades medicinais: anti-artítico, anti-séptico, aperitivo, calmante, digestivo, diurético, sedativo
· Indicações: dor de cabeça, espasmo, fraqueza nos nervos, impurezas do sangue, insônia nervosa, lombrigas, nevralgia, obstrução do baixo ventre, raquitismo, sono, tensão nervosa.
Os povos antigos conheciam o poder anti-séptico do lúpulo e para mater a cerveja longe de contaminação adicionavam a flor no líquido, mas com isso perceberam que o sabor era afetado de forma positiva e então, com o passar do tempo, começaram a estudar as propriedades e componentes da flor e como eles podiam afetar a cerveja.
Além de alfa-ácidos (resina) e óleos, existem também os beta-ácidos (como lupulone, colupulone, adlupulone) que não isomerizam na fervura, mas provêm sabor (amargo aspero) a cerveja por conta da oxidação durante a fermentação, podendo inclusive, se muito alta a quantidade, dar um sabor de vegetais estragados e/ou milho cozido a sua cerveja; portanto é importante observar a quantidade de Beta-ácidos presentes no lúpulo que vai usar e na relação de alfa-beta, para melhor dosar o uso.
Dentre os óleos existem vários componentes, em menor quantidade, que influenciam de diversas formas o aroma da cerveja.
Os óleos são compostos de 2 partes, ainda não complementamente estudados e entendidos, os hidrocarbonos e os compostos oxigenados. Os primeiros são decompostos em humulene, myrcene e caryophylene são muito voláteis no vapor.
A fração oxigenada inclui geraniol e linalol, substancias que dão caracteristicas florais a cerveja e são menos voláteis que os hidrocarbonos e portanto uma pequena fração restará quando o lúpulo é adicionado no final da fervura de lupulagem.
Porém estes óleos sofrerão uma mudança pela ação da fermentação, o que dará uma sensível diferença em relação ao aroma do lúpulo antes de ser adicionado.
Fazendo “dry-hopping” estamos tentando remediar isso adicionando lúpulo em um momento onde muito pouco dos componentes originais dos óleos são perdidos ou modificados.
Estamos adicionando aroma e sabor mais próximos do que os lúpulos possuem antes de passarem pelo processo de lupulagem e fermentação.
Lembrando novamente, “dry-hopping” não é um substituto, porém um complemento.
Você deve estar se perguntando: Quando e como eu faço o “dry-hopping” ?O melhor seria no final da fermentação, antes de ir para a maturação pois melhores resultados são obtidos em temperaturas na casa de 15ºC a 18ºC; porém é complicado para um cervejeiro caseiro fazer esta adição neste momento.
Portanto a resposta mais adequada passa a ser: Na maturação. (quando trocar a cerveja do balde de fermentação para o de maturação).
Quanto colocar de lupulo ? Ai vai do gosto. Para OG abaixo de 1050 use 28 gramas para 19 litros; para OG entre 1050-1070 use de 56-85 gramas; e para OG acima de 1070 use de 85-113 gramas. Muito ? Pouco ? Depende do lupulo, depende do resultado esperado, depende do seu equipamento.
Qual lupulo é mais indicado ? Lúpulos conhecidos como “nobres”(tipos cultivados na Europa Central), que são por natureza fortes em aroma e leves em amargor, como Hallertau, Tettnanger, Spalt, Polish, Lublin e Saaz. (use a tabela de lúpulos do site da ACervA Paulista para ver uma maior variedade existente, inclusive proveniente de outros países). Outros lúpulos que também são usados e considerados, por algumas pessoas como “nobres”, são o Fuggle e Goldings, porém estes possuem uma razão alfa-beta quase 1:1 o que causa adição de amargor na cerveja devido a oxidação do beta-acido agindo durante o período de armazenamento da cerveja.
Como adiciono o lupulo ? Preferenciamente use um “hop bag”, ou traduzindo “saco para lupulo”, amarrando bem a entrada do saco para não desprender nenhum trub em sua cerveja, pois você já está na maturação momento em que pretende sedimentar componentes em suspensão e como o saco vai boiar, sugerimos que amarre ou coloque dentro do saco uma pedra, devidamente esterelizada a fervida para levar o saco ao fundo do seu balde ou tanque de maturação para aumentar a distribuição e infiltração dos óleos na cerveja.
Para finalizar, lembre que “dry hopping” produz um efeito que não pode ser obtido por outras formas; é adicionar algo extra à sua criação, já quase perfeita.
Por quanto tempo eu deixo o hop bag no balde de maturação? Varia bastante entre várias literaturas e cervejeiros que indicam entre 3 e 14 dias, eu particularmente deixo em média 7 dias e já é o suficiente para mim. Você pode adicionar o hop bag ou no início da maturação ou no final. Eu prefiro no inicio pois ainda há muitas partículas em suspensão e a entrada e saída do hop bag não estragará a sedimentação; mas isso é escolha sua. Também há a preocupação com a não oxidação e com isso talvez seja melhor no fianl. Você pode de repente adicionar ao final e nem tirar o hop bag de dentro do balde, tirando a cerveja direto para a trasfega de envaze.

Complementarmente há um excelente post do amigo Henrik Boden sobre o mesmo tema neste link: http://henrikboden.blogspot.com.br/2012/02/lupulagem-avancada-i-introducao-e-dry.html

Um brinde e boas cervejas.

Edwar - Conscerva

09 maio 2010

Missa Cervejeira ? O que é isso ?

Missa Cervejeira:

Momento de adoração, agradecimento, confraternização e propagação da cultura cervejeira artesanal.
Normalmente realizada em estabelecimento comercial que congregue com nosso intuito: Boa cerveja. Cerveja "de verdade". Preferencialmente Artesanais, de todo o mundo, privilegiando às nacionais.
Durante a missa, com permissão do estabelecimento, compartilhamos o fruto de nossas produções caseiras entre os seguidores presentes.
Lembrar que em nossas Missas não damos esmolas !
Mas beerevangelizamos com prazer os que ainda se encontram sem rumo certo, em caminho duvidoso !
(ass: Edwar Fonseca - Conscerva)

Segue outra versão concisa mas perfeita do nosso amigo Mauro Bartasevicius:

Somos um grupo de apreciadores da boa cerveja que se reúnem em locais agradáveis para degustar e rezar para que não falte o material para degustação.

Abraços
Um brinde.
Conscerva.

09 abril 2010

3a melhor cerveja caseira no estilo Dubbel

Da esquerda para a direita: Juliano fundador da Eisenbahn, 1 colocado Sandro, 2 colocado Daniel e o Giba, 3 colocado no concurso junto com o Edwar
*fotos: blog cerveja só: Ricardo Amorim

Foi com uma enorme felicidade que recebemos o anuncio do nosso 3o lugar no concurso nacional Eisenbahn - Mestre Cervejeiro.

É o primeiro concurso que participamos e já tivemos esta grata recompensa. Ficar em 3o lugar, foi mais do que um prêmio.

Os vencedores foram anunciados em um evento fechado no Bar Anhanguera na noite de ontem (08-abril - quinta-feira).

Parabéns ao pessoal de Curitiba pelo primeiro lugar e Blumenau pelo 2o lugar.

Vejam mais detalhes da cerveja campeã no blog do Roberto Fonseca http://blogs.estadao.com.br/bob

Valeu pessoal.

Nosso muito obrigado pela torcida e carinho de todos.

Estamos muito felizes e este prêmio será um incentivo ainda maior para continuarmos com este maravilhoso hobby.

Se alguém quiser nossa receita, esta aqui mesmo no nosso blog:
http://conscerva.blogspot.com/2010/02/dubbel-concurso-mestre-cervejeiro.html

Um brinde.

28 março 2010

Post (muito) atrasado: Cerveja no inverno

Olá a todos. Para nós brasileiros, uma das primeiras imagens que nos vem a cabeca quando falamos de cerveja é aquela garrafa estupidamente gelada, dentro de um balde com gelo. Claro, com o calor que faz no Brasil, nada mais lógico. Mas e no inverno? E no inverno europeu? Como todos sabem, o inverno aqui este ano foi rigorosíssimo. Eu particularmente gosto muito do inverno como época para tomar cerveja,e nao precisa ser necessariamente uma „dunkel“, mais encorpada e algumas com um teor alcoólico mais forte, como as „dopple bock“, podem ser uma simples „helles“. Atualmente eu ando meio fa de cervejas tipo „Kellerbier“, aquelas nao filtradas. Na foto abaixo mostro como eu gelava as minhas Hacker-Pschoor Anno 1417 Naturtübes Kellerbier no inverno.

Prost.

Forma ecologicamente correta de gelar a santa bebida.

Post (muito) atrasado: Cerveja Eslovaca

Olá a todos. No mês passado a Stephy, minha esposa, foi visitar uma amiga em Viena, na Áustria, durante um fim-de-semana e um dos passeios que elas fizeram foi a Bratislava, capital da Eslováquia, que fica uma hora de trem de Viena. De presente a Stephy me trouxe duas cervejas de lá, uma se chama Urpiner Exclusive e a outra se chama Starobrno, todas têm o nome das respectivas cervejarias.

A Starobrno (www.starobrno.cz), pelo que eu pude perceber, é distribuída pela Heineken da Eslováquia mas pela termicacao do endereco na internet é uma cerveja Tcheca, pela minha pouca experiência, trata-se de uma pilsen, com 4% de graduacao alcóolica. Mas foi só pois o site da empresa oferece informacoes só em tcheco e/ou eslovaco e aí nao dá. Um fato interessante é que a Starobrno vem em uma garrafa de plástico verde de um litro e meio, onde se alegam algumas vantagens como ser mais difícil de quebrar, leveza e facilidade no transporte, além da tampa ser de rosca, como em um refrigerante comum (só descobri tudo isso porque vem uns emblemas na embalagem). O sabor é de uma pilsen comum, nada de muito extraordinário. É abrir e tomar (como eu fiz com o Adi, meu cunhado) pois fica logo quente. Mas valeu a experiência.

Já no caso da Urpiner Exclusive (www.urpiner.eu) deu pra levantar mais informacoes porque o site pode ser lido também em inglês. Trata-se de uma cervejaria eslovaca com mais de 500 anos de tradicao e produz outros tipos de cerveja também, como Draught Pale Lager, Pale Lager, Draught Dark Lager, Lager sem álcool e, no caso da que eu experimentei, uma Exclusive Pale Lager. Nao é o meu estilo preferido mas é uma cerveja refrescante e de sabor bem marcante, intenso. Valeu a experiência também.

Prost.

Degustando a Starobrno com o meu cunhado Adi

Post (muito) atrasado: Paulaner Oktoberfestbier direto do barril

No ano passado, uns dias antes do Oktoberfest comecar, meu grande amigo e padrinho de casamento Georg comemorou o seu aniversário de quarenta anos com uma festa bem típica. Um café da manha com Weißwurst e cerveja. Como é do conhecimento da maioria, a Weißwurst se come acompanhada de Brezel, mostarda doce e Weißbier. Acontece que na hora de comprar os barris de cerveja, só havia na adega barris de Paulaner Oktoberfestbier e nao de Franziskaner, como ele queria. Daí nao teve muita alternativa a nao ser levar os barris de Paulaner. Durante um tempo fiquei como tirardor oficial de cerveja. Depois de tanto tempo vendo os outros beberem e eu só trabalhar, resolvi ir direto a fonte.

Prost.

Comecei servindo...

...depois fui direto na fonte

Post (muito) Atrasado: Seminário

Olá a todos. No último natal eu ganhei de presente da minha esposa um seminário sobre fabricacao de cerveja, que foi realizado em uma pequena cervejaria em uma cidade próxima de Munique chamada Oberaching. A cervejaria se chama Stadlbräu Oberaching (www.bayerische-brauhaus-consulting.de) e é bem nova para os padroes alemaes, foi fundada em 2004 pelo mestre cervejeiro Robert Prinz.

La é bem pequeno, como vocês poderao ver nas fotos, e sao produzidas somentes as cervejas tipo Helles, Dunkles Helles e Weißbier. Detalhe, a tipo Helles nao é filtrada, ficando aquela coloracao turva típica das chamadas Keller Bier (Keller = porao). Além dos cursos, também sao vendidos equipamentos para a fabricacao de cerveja, um verdadeiro sonho para nós apreciadores do pao líquido.

Um deles é para a fabricacao de 20 a 50 litros de cerveja por vez e custam 1.603, 01 e 2.543,43 Euros respectivamente. Basta adicionar a matéria-prima, programar o tipo de cerveja desejada e o equipamento faz tudo sozinho, ao mestre cervejeiro cabe somente a escolha dos ingredientes. Tempo de cozimento, pausa, temperatura entre outros é tudo automatizado. Detalhe, na Alemanha é permitido fabricar até 200 litros de cerveja por ano para consumo próprio sem ter que pagar impostos.

Um outro equipamento, mais profissional, custa mais de 8.000, 00 Euros mas é também um sonho. Tanto o tanque de fabricacao quanto o de maturacao sao de cobre e ele tem um estilo todo antigo, muito bonito. Mas só o estilo pois o equipamento é super moderno.

Certamente, para estes tipos de equipamento, existe a necessidade de um lugar apropriado, com ligacao de água, água servida e eletricidade, piso de azulejo para facilitar a limpeza, etc. A assepsia dos equipamentos também é um fator importantíssimo. Durante o curso o equipamento parou de funcionar porque uma das tubulacoes estava obstruída. No Brasil, o banheiro de empregada, depois de algumas adaptacoes poderia ser um lugar perfeito.

Nao entrando muito no mérito da fabricacao da cerveja, porque eu já percebi que neste Blog existem pessoas com muito mais experiência e conhecimento técnico do que eu, gostaria de entrar no assunto „Equipamento“

Comentando sobre o curso com algumas pessoas, ouvi algumas dizerem: - Bom, Marcelo, se o equipamento faz tudo sozinho, entao nao existe a necessidade de um bom mestre cervejeiro, pega-se uma receita pronta, adicionam-se os igredientes na máquina, seguem-se as instrucoes do manual e pronto. Eu nao concordo.

É claro que aquela visao do cervejeiro caseiro produzindo a sua própra cerveja na cozinha de casa, na garagem ou no porao, usando uma panela comum, um fogao e uma colher-de-pau dá um ar mais autêntico a cerveja artesanal. Mas levando em conta a minha (pequena) experiência como barista posso afirmar o seguinte: „- Nada substitui a mao humana“. Eu trabalhei como barista em um Café aqui em Munique que possui um super equipamento (moedor e máquina de café), um dos melhores cafés do mundo (Illy) e mesmo assim vi muita gente tirando café ruim.

Voltando ao curso, que durou o dia inteiro, foram apresentados os ingredientes e a forma de preparacao dos mesmos, o método de fabricacao em si, no caso um Dunkle Bier, muitos fatos interessantes sobre a cerveja, desde a história até os efeitos benéficos a saúde e muitas curiosidades. Tudo sempre regado a muita cerveja. Peguntado porque eles nao filtravam a Helles, um dos mestres cervejeiros me respondeu o seguinte: „- O que é bom na cerveja deve permanecer“. Diga-se de passagem esta foi até agora a melhor Kellerbier que eu já tomei desde que estou na Alemanha, virei fa. Estou combinando com um amigo de fazer uma pequena viagem a regiao de Nurenberg, na Francônia (norte da Baviera), regiao famosa pelas Kellerbiers e fazer um roteiro de cevejarias. Com certeza isso vai render um Post bem legal.

Curso terminado, fomos primeiro cuidar da limpeza de todo o equipamento e da cervejaria (somente as instalacoes onde a cerveja é fabricada), o que foi uma experiência bem interessante também, e depois ficamos tomando cerveja junto com o Braumeiter Prinz, que contou várias histórias do mundo cervejeiro e mostrou um ótimo conhecimento da cena cervejeira no Brasil.

Um ponto bem interessante que ele comentou foi a questao dos „Beers Somelliers“, o qual ele se mostrou bastante cético. Para ele, a cerveja que melhor combina com qualquer prato é aquela que mais agrada a quem vai comer. Ele, por exemplo, nao importa qual o tipo de comida, toma sempre Weißbier e diz que, pra ele, combina com tudo. Nao sei, estou ainda formando a minha opinia.

Bom, acho que já escrevi bastante, seguem algumas fotos. Prost!




Meu primeiro certificado do mundo cervejeiro

Transferindo a cerveja para o tanque de maturacao.

Ouro verde.

Curso regado a muita degustacao. Esta Helles nao filtrada é maravilhosa.

Brinquedinho um pouquinho maior.

Os graos já torrados para a fabricacao da dunkles Bier

Uma dessas eu queria em casa

Primeiros passos.

O tanque de fabricacao da cervejaria

O brinquedinho, um sonho.

18 março 2010

Missa - Saint Patrick



Bom, em Santos, não tinha festas e nem bares com comemorações exclusivas como em São Paulo, Campinas, ABC, e outras cidades....mas tinha o pessoal da ACervA para se reunir e rezar a missa semanal.

Fomos até o nosso parceiro: 7a Avenida....

Infelizmente, por ironia do destino, não tinha Guinness, mas não deixamos a bola cair...pedi uma Stout Inglesa mesmo, e um copo da Guinness (alguma coisa tinha que fazer alusão à Irlanda)....


Foram varias rezas: Meantime, Batemans, Colorado, Backer, Falke...

Opa na foto aparece um copo da Devassa, mas foi apenas usado na falta de outros copos...porque tinha uma mulher desenhada nele...(hehehe...)

Um brinde e VIVA Saint Patrick.

16 março 2010

Saint Patrick - 17 de março

Padroeiro da Irlanda.
Em Nova York existe uma Catedral em homenagem ao Santo:
http://www.saintpatrickscathedral.org
Usa um trevo como simbolo de representação da Trindade Religiosa (Pai, Filho, Espirito Santo):
Celebrado no dia 17 de março.
Inicialmente era um feriado da Igreja na Irlanda.
Depois passou a ser um feriado bancario local e depois virou festival de rua na Irlanda e na Inglaterra que atualmente dura 5 dias.
Todos de verde e bebendo cerveja VERDE (por conta do trevo verde que foi adotado como simbolo por São Patrício) !!


Em Chicago jogam tinta (não poluente) nos canais para que fiquem verdes.
Muito celebrado em outros países também, como Argentina, Canada, Nova Zelandia, Coreia do Sul; entre outros.
Mais sobre a historia e curiosidades: http://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Patrick%27s_Day
Vamos aproveitar e celebrar também com grande estilo aqui no Brasil.
[]´s
Um brinde.

31 janeiro 2010

Encontro ACerva aqui em Santos foi fenomenal...

Galera Reunida para a foto do encontro
Equipamentos e barris Bamberg chegando para alegrar a turma

Maurício fazendo o vídeo da brassagem
Edwar, Rudolph e Cristoph
Eu, Chico e Marcus Arnus
Galera descontraída nas areias santistas
Um dia perfeito para fazer e beber cerveja, até 2011!!!

Srs, o encontro foi fenomenal, ainda estou tentando encontrar palavras para descrever e listar tudo o que aconteceu...

Até parar de chover parou ! Obrigado aos nossos Deuses Cervejeiros !

Cervejas caseiras deliciosas e chopp local da Montana e chopp Bamberg (um abraço e agredecimento especial ao Rudolf, que lotou seu carro para trazer os barris e chopeiras).

Vejam resumo da materia que saiu no jornal local sobre o encontro:
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=17809&idDepartamento=5&idCategoria=2

E uma postagem completa no site dos Lamas: http://www.lamasbier.com.br/2010/02/encontro-aberto-da-acerva-paulista.html

Neste momento não tenho fotos para acrescentar aqui, pois havia bastante coisa para fazer, na brassagem, controle, bebendo (hehe) ...mas em breve clono algumas de outros blogs (hehe..)...e atualizo o blog.

Abaixo segue um video da cerveja que brassamos na praia, fermentando...ELA ESTÁ VIVA !!